terça-feira, 19 de agosto de 2008

Carência múltipla de algo que nunca se teve

Fim de semana. Tinha tudo para ser um estrondo; e foi!
Fui para Canoas, ri muito com a minha querida prima-amiga-irmã Rê. Depois fomos visitar a minha tia, mãe da Rê em POA. Andei de trem. Adoro andar de trem!Faz eu me sentir uma londrina.Estava tudo bem até que, vendo um filme (PS: Eu te amo),eu me dei por conta: eu estou sozinha nesse mundão sem portera!
Sei lá, uma depressão, um desânimo, um desespero tomou conta de mim, afinal de contas, eu estava sozinha!
Eu tentava lembrar da Mariana que escreveu o texto que se pode ver abaixo, mas não conseguia!
Eu chorei muito, olhando o filme, sozinha no meu quarto, conversando com meus pais.
Eles tentaram me trazer de volta a minha vida!
Poxa, eu sempre (ou quase sempre) achei que eu apesar dos problemas, tinha uma vida bacana!De repente veio a sensação de vazio, de avião sem asa, de que o Brasil ia perder pra Argentina (adivinhações prévias do que iria acontecer; fiasco).
Queria poder expor, em palavras, o que eu senti; mas não dá!
É uma dor que tá dentro da gente e que vai corroendo minhas esperanças.
Quando fui pegar o "bus" de volta para Nh, vi casais rindo, um menino falando que queria casar, amigos pegando o ônibus de volta. E eu lá, sentada ao lado de um cara que era um cinzeiro ambulante!
Daí eu pergunto: quando vai ser a minha vez?
Quando vai ser a minha vez de receber um carinho de quem eu goste?
Quando vai ser minha vez de rir junto com alguém, mesmo sem motivo?
Quando vai ser minha vez de ter, de ser, um porto seguro?
Daí você responde: tenha paciência!Tu é tão nova!
Mas naquele momento eu senti necessidade de ser amada, de ser desejada, nem que fosse por um segundo.
Aconteceu que eu voltei ao normal; consegui rir com mais facilidade depois de descobrir o quão chata e exigente que eu sou; consegui conversar sem soluçar.
Hoje eu sinto que, sei lá, talvez não seja para mim essa história de romance de filme; talvez um sonho foi devastado pelo meu lado "fria e calculista"; mas talvez me fez rir da minha cara de tia mal amada quando vi aqueles casais.

Um comentário:

Antônio Dutra Jr. disse...

Bom, por um lado é claro que as pessoas usam o argumento de tu ser nova ainda e, portanto, não precisar se desesperar.
Por outro, te entendo. Adolescentes de 17 anos também querem ser amados e sentem carência.
Agora tu imagina eu, com quase 23, sentindo a mesma coisa que tu, hehehehe. Já tenho seis anos de atraso. =)
Acredito que isso são dias. Essa chuva toda, esse clima macambúzio de agosto, dias feios, tudo contribui para a falta de um carinho a mais. Pelo menos é nisso que me agarro pra esperar os dias maravilhosos do verão, onde, com tanto calor e suor, a última coisa que a gente quer é ficar grudado em alguém.
Fique tranqüila, minha amiga, a gente sobrevive. E os diretores que fazem esses filmes malvados, se Deus quiser, terão uma morte lenta e dolorosa.

Beijão!