segunda-feira, 9 de junho de 2008

Nas favelas, no senado...

Estou no último ano da escola e até um mês atrás estava convicta que faria Educação Física.
Descobri sem mais nem menos, o que eu queria fazer: escrever para tentar mudar alguma coisa nesse país. Decidi fazer Jornalismo.
Mas por que diabos eu fiz isso, se eu já tinha planejado minha vida como profissional de Ed. Física? Não, este texto não vai ser uma crítica ao pessoal da Ed. Física; pelo contrário, os admiro muito.
Esse texto irá expor a indignação de uma cidadã e futura jornalista, com o seu país e com o mundo.
Eu escolhi esta profissão para tentar mudar o que está acontecendo e contrariar a tese do meu pai(não se pode mudar as pessoas e o que elas pensam).
Eu creio que tem um jeito de mudar, sim, o mundo através de palavras.
Ué, se guerras já foram travadas por causa justamente das palavras, por que elas não podem trazer paz e esperança à nós?
Nunca entendi muito aquela história de que tudo tem um limite, porque eu nasci numa época em que um presidente rouba um país inteiro e 10 anos depois se elege deputado(Collor); cresci ouvindo que o Brasil não tem jeito e que tudo iria "acabar em Pizza" e era para "Relaxar e Gozar"; filhos matando pais, pais matando filhos; o horror de guerras diárias, que já mataram mais que o holocausto.
Qual seria o limite de tudo isso? Parece mais um leilão: " Quem dá mais?"
Então um louco chega, abre o casaco e dentro do casaco há dinamites.
E nós nos preocupamos se o nosso time está na elite do futebol ou quem irá ganhar o próximo reality show.
Será que o limite é quando o mundo explodir? Quando não haver pessoas para matar ou crianças para torturar? Ou quando uma doença terrível vai ferrar com humanidade inteira?
A falta de educação reflete a falta de limite. O que não aprendemos em casa(tem gente que nem tem casa), ou na escola(porque não há escola para todos) está aí.
Por isso que resolvi fazer jornalismo; para acordar quem está dormindo e dizer: "Amanhã vai melhorar mas é preciso acordar".
Para nunca mais precisar perguntar: Que país é esse?
E eu responder: É a porra do Brasil.

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